COSMETOLOGIA
É a ciência que estuda os cosméticos, desde sua criação até sua aplicação. A cosmetologia realiza pesquisas de novos ativos, matérias-primas, tecnologias, desenvolvimento de fórmulas, produção e comercialização, controle de qualidade e legalização junto aos órgãos competentes. A cosmetologia é a ciência que serve de suporte à fabricação de produtos de beleza destinados ao embelezamento, à limpeza, à manutenção e às melhorias das características do cabelo, pele e seus anexos (RIBEIRO, 2010).
Os cosméticos têm como função: limpar, corrigir, proteger, embelezar, decorar, manter as funções da pele, unha e cabelos.
História:
A palavra cosmético vem do grego kosmetikós, que significa “o que serve para ornamentar”.
“A Cosmetologia surgiu com o homem” (Perioto, 2008, p.02)
Desde os primórdios a busca pela beleza e jovialidade leva o ser humano às experiências mais diversas positivas ou negativas chegando a casos extremos e até fatais.
Pré-história:
Usavam pinturas corporais e tatuagens nos rituais religiosos;
Usavam gordura animal, terras coloridas, argilas e tintas extraídas das árvores para pintar o rosto;
Egito:
Cleópatra símbolo da beleza eterna. Tomava banho com óleos perfumados e leite de cabra e usava argila do Rio Nilo no rosto.
O perfume começa servindo a religião. Unguentos preciosos eram queimados nos altares.
Nas tumbas junto aos mortos encontrava-se cosméticos para que pudessem fazer uso em outras vidas.
Cremes eram elaborados com gordura de camelo ou óleo de côco, descritos estes encontrados em papiros. Na maquilagem era usado o Kohl pigmento a base de sulfato de antimônio e nas sombras o Vats, pigmento verde a base de malaquita.
Grécia:
A beleza plástica humana era venerada. Culto ao corpo. Acreditava-se que se o corpo físico fosse perfeito, perfeita seria a alma. Usava-se banhos públicos com massagens e óleos essenciais. Em Atenas surgiu o primeiro salão de beleza. Cosmetae – pessoas responsáveis pelo adorno das madames.
Maquiagem: Olhos coloridos com preto e azul, rosto pálido, bochecha carmim, lábios e unhas num único tom.
Os pós faciais, que surgiram em 4000 A.C., na Grécia antiga, eram perigosos, por ter grande quantidade de chumbo em sua composição, e chegaram a causar várias mortes prematuras.
O ruge era um pouco mais seguro. Embora fosse feito com amoras e algas marinhas, substâncias naturais, sua cor era extraída do zinabre (sulfeto de mercúrio), um mineral vermelho. O mesmo ruge era usado nos lábios, como batom, onde era mais facilmente ingerido e também causava envenenamento
Roma:
Claudius Galen inicia a manipulação de cosméticos galênicos. Tratados sobre a cosmética.
A alta sociedade de Roma tomava banhos com leite de jumenta para embelezar a pele. As mulheres usavam máscaras noturnas feitas com farinha de favas, miolo de pão e leite de jumenta para clarear a pele.
Idade Média:
Ocorre uma acentuada decadência da economia e a religião cristã se expande.
A igreja é inimiga dos cosméticos. Santo Agostinho decreta somente 1 banho
por mês. Senhores feudais adotam água de rosas nas mãos. Substituição dos banhos por perfumes de odores fortes.
O açafrão servia para colorir os lábios; o negro da fuligem, para escurecer os cílios; a sálvia, para branquear os dentes; a clara de ovo e o vinagre, para aveludar a pele.
Idade Moderna:
Época dourada da cosmética. Cremes sofisticados, essências e águas. Em 1725 Giovanni Maria Farinha criou em Colônia na Alemanha a Água de Colônia”
Instalou-se o primeiro instituto de Beleza.
Uso de perucas extravagantes
Pó de arroz e talco – pele branca. Bochechas com excesso de blush e lábio em forma de um pequeno coração.
Óleos extraídos da lã dos cordeiros.
Século XVIII:
Kitty Fisher Cortesã, manipulava seus próprios cosméticos e morreu envenenada com 29 anos.
A mulher para ser bonita nesta época tinha que ter a pele pálida e ser lânguida.
Depilação feita com cal viva e agulhas incandescentes.
Maquiagem elaboradas com argilas, amêndoas e antimônio, veneno letal.
Século XIX:
Crescimento do uso de cosméticos artesanais. Perucas dão lugar aos cachos feitos no cabeleireiro.
Século XX:
Bronzeado e pós escuros para imitar o bronzeado;
Hidratante a base de colágeno. Ácido retinóico. AHAs com ênfase no glicólico. Vitamina C, cremes clareadores e antirradicais livres.
Lasers para tratamentos dermatológicos.
Injeções para combater gordura localizada e para preenchimentos.
Depilação progressiva.
Alisamento de cabelo e megahair.
Japão:
No Japão as mulheres já eram acusadas por excesso e até hoje ocupa o segundo país em consumo de cosméticos.
Desde o Século VII os japoneses mantém o hábito de banhos coletivos e públicos.
Até meados do Séc.XX o Japão ainda comercializava batom feito com gordura de baleia.
Brasil: Anne Marie Klotz, brasileira, filha de franceses chegou no Brasil em 1951 e começou a prestar serviços estéticos em sua própria casa, atendendo amigas.
Entre 1954 e 1955 nasceu o Instituto de Beleza France-Bel em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Material teórico trazido da França sendo adaptado e registrado no Ministério da Saúde e Educação.
Em 1969, Dirce Grotkowiski e seu marido fundaram a Escola Payot de excelente nível técnico e educacional.
Reconhecida a profissão de Esteticista no dia 18 de janeiro de 2012, sob a lei 12592.
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REFERÊNCIAS
BEZERRA, Sandra Vasconcelos; Rebello, Teresa; Guia de Produtos Cosméticos. Editora Senac, 1.996.
MACEDO, Otávio Roberti. Segredos da Boa Pele – Preservação e Correção, 1ª ed., São Paulo: Editora SENAC, 1998.
MILREU, Poliana G. A. Cosmetologia, 1ª ed., São Paulo: Peasson Education do Brasil, 2012.
PERIOTO, Deise K. Cosmetologia Aplicada: Princípios Básicos,1ª ed. Curitiba: [S.N.], 2008.
PERRICONE, Nicholas. O Fim das Rugas, 8ª ed. Editora Campus, 2001.
FANDOS, Luis. Alta Cosmética I. Buenos: El Autor, 2005.
GERSON, Joel. Fundamentos de Estética 3. 10ª ed. São Paulo, Ed.Cengage Learning, 2016